terça-feira, 13 de maio de 2008

O que é o Labirinto para você hoje?


O labirinto para mim é ter que acordar todos os dias em um mesmo horário e cumprir uma agenda interminável de compromissos, de reuniões, discussões... Muitas vezes em torno de algo empírico e com resultados não quantificaveis. É ter vontade de comer menos para emagrecer e correr pelo Dique, e perceber que o tempo é exíguo e que a comida, às vezes, é refúgio. Conseguir vencer os Minotauros nem sempre é algo fácil. Pelo menos às vezes eu acho que descobrir o meu Teseu interior.
(
Bruno Guimarães)

É a busca por aquilo que encontra-se escondido e intrínseco em nós mesmos. A busca por uma identidade aprisionada. Talvez os nossos instintos que foram afastados da realidade ocupada e aprisionada pela razão. Esta, agora, precisará percorrer os caminhos criados por si mesma, buscando encontrar a lógica que a ajudou a construir esta prisão que hoje desconhece.
(Cláudio Machado)

É escolha. É tomar um caminho, cada vez mais difícil de retorno. É ter que abdicar de outro. É medo de me perder, de ser devorado pela própria escolha antes de achar a saída. E que saída será essa que não também a morte? Porém não trágica, mas gloriosa.
(Daniel Farias)

O meu labirinto sou eu mesmo. A saída dele, portanto, é decifrar-me. Ou devora-me.
(Gordo Neto)

Se o labirinto for ameaça, se é assim que o vemos, então o labirinto de hoje se assemelha àquele do mito: da mesma forma que o herói, temos que matar um leão por dia pra salvar a própria pele. Os descaminhos que nos perdem, que fazem a gente se perder, são aqueles que, em nome da sobrevivência, afastam a gente cada vez mais dos sonhos, dos planos para o futuro: é o acúmulo de trabalho que nos rouba horas de lazer; o acúmulo de descrença que nos rouba a fé na luta; o acúmulo de tédio que embota nossos sentidos mais refinados. Mas se encararmos o labirinto como a chance de encontrar a saída, o fio de Ariadne, eu diria que meus labirintos são os que me fazem tatear, tatear, até achar um jeito todo original de lidar com meus problemas: a saída, pra mim, é sempre a criatividade, a arte e o engenho de ser capaz de ser feliz. Como diria o velho Brecht: “Eu sustento que o prazer é uma forma de capacidade”...
(Jacyan Castilho)

O labirinto hoje representa o meu estado de espírito diante do turbilhão de acontecimentos da minha vida. A explosão de horizontes que vislumbro e as decisões que eu devo tomar para realizar meus sonhos mais altos. O labirinto para mim hoje é saber exatamente o que preciso fazer para alcançar as minhas metas e não ter disciplina e coragem para fazê-lo, mesmo compreendendo que a vitória é logicamente certa.
(Leandro Villa)

O labirinto para mim é um círculo, onde se anda e não se chega a lugar algum. Onde todas as questões entre mim e a sociedade se confundem e se diferenciam ao mesmo tempo, cercados de vícios, conceitos, pré-conceitos, repressões, encontros, desencontros, que dificultam a passagem pela vida. Um circo onde se brinca de esconder e achar o fio do olhar humano e animal de cada ser. Um lugar onde o ideal é revolucionar-se internamente ... até aprender a viver.
(Márcia Lima)

Quando perco o equilíbrio, a medida, o rumo, eu caio no labirinto. O Labirinto é enorme. É lá onde me encontro quando as coisas não estão conformes... E as coisas não são conformes! A paixão e o ciúme, o poder e a ganância, a beleza e a fome. Junto comigo, o mundo também se perde. Sem equilíbrio, sem medida, sem rumo. Emaranhados, já não nos lembramos de como chegamos ali. O labirinto é o que comecei na infância e sustentarei até a velhice. É o medo em que mergulho pra encontrar minha segurança. Sou eu me desorganizando para me organizar. Mergulhando em mim, pra sair de mim. É que ostento e escondo. É o palco, a rua, o mar, o amor, a memória. É a prazerosa dissonância. É o caos e o orgasmo. Nós, ao mesmo tempo, somos e estamos no labirinto.
(Raiça Bomfim)

e pra você?

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